Marcadores

sábado, 25 de maio de 2013

Beata Maria de araújo


“A beata Maria de Araújo completa 150 anos de nascimento neste ano de 2013 e continua sendo esquecida pela igreja católica. Por ser negra analfabeta e pobre, A igreja ignora o fato da beata Maria de Araújo fazer parte do contexto do milagre da hóstia em Juazeiro do norte. CE”Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo, mais conhecida como Beata Maria de Araújo, (Juazeiro do Norte, 23 de maiode 1863  17 de janeiro de 1914) foi uma religiosa brasileira, declarada beata pela devoção popular, mas não pela Igreja Católica.
Era filha de Antônio da Silva Araújo e Ana Josefa do Sacramento.
Desde pequena já levava uma vida árdua, tendo os seus pais falecidos logo cedo. Trabalhava com artesanato, fiando algodão e fazendo bonecas de pano para a venda. Padre Cícero mandava-a ensinar artesanato para outras crianças. Também trabalhou numaolaria com fazendo a contagem dos tijolos.
Em 1885, aos seus 22 anos, passou a usar os hábitos de freira. Passou a ser considerada "beata" pelo povo após um retiroespiritual administrado pelo padre Cícero e pelo padre Vicente Sóter de Alencar. Por ser órfã, passou a residir na casa de padre Cícero, que tinha uma dedicação especial por ela.
O fato mais importante de sua vida foi o milagre da hóstia acontecido em 1 de março de 1889. Ao receber a hóstia, em umacomunhão oficiada por Padre Cícero, na capela de Nossa Senhora das Dores, a "beata" não pôde degluti-la, pois a hóstia transformara-se em sangue. O fato repetiu-se, e o povo achou que se tratava do sangue de Jesus Cristo e, portanto, era ummilagre.
O povoado de Juazeiro do Norte passou a ser alvo de peregrinação, pois a multidão queria ver a beata e tratava os panos manchados de sangue como objetos divinos. O jornalista José Marrocos divulgou o fato ocorrido e se tornou um ardoroso defensor do milagre.
A notícia rapidamente chegou aos ouvidos do bispo D. Joaquim José Vieira que chamou o Padre Cícero a Fortaleza para esclarecer o acontecido. O bispo ficou intrigado com o relato ouvido, mas, pressionado por alguns segmentos da Igreja Católica que não aceitaram o relato, enviou dois sacerdotes de sua confiança, os padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Pereira Antero, para investigar os acontecimentos. Depois de algumas experiências e de ouvirem relatos de testemunhas, deram o caso como divino.
O bispo não gostou do resultado e convocou uma nova comissão constituída pelos padres Antônio Alexandrino de Alencar e Manuel Cândido, a qual concluiu não haver milagre. O relatório do inquérito foi enviado à Santa Sé, em Roma, e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo.
Maria de Araújo passou os últimos anos de sua vida enclausurada até falecer em 1914. O local onde estão seus restos mortais é desconhecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário