Olavo Bilac
Olavo Brás Martins dos Guimarães
Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, membro
fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a
cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
Conhecido
por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica,
era republicano e nacionalista;
também era defensor do serviço militar obrigatório.[1] Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto.
Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi eleito
"príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon.
Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o
mais importante de nossos poetas parnasianos.
No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do
livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo
mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho
para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro
para os morros"
Filho de Brás Martins dos
Guimarães Bilac e de sua mulher Delfina Belmira Gomes de Paula e neto paterno
de João Martins dos Guimarães Bilac e de sua mulher Angélica Pereira da
Fonseca, irmã do 1.º Visconde de Maricá e 1.º Marquês de Maricá, era considerado um
aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a
idade exigida - autorização especial de ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, a gosto do pai e a contra gosto próprio, que era médico da
então Guerra do Paraguai.
Começa
a frequentar as aulas, mas seu trabalho da redação da Gazeta Acadêmica absorve-o mais do que a sisuda
anatomia. Do mesmo modo, no tempo de colégio, deliciara-se com as viagens que
os livros de Júlio Verne lhe ofereciam à fantasia. No menino e
no jovem já se manifestavam as marcas de sua paixão futura: o fascínio poder
criador da palavra.
Bilac
não concluiu o curso de Medicina e nem o de Direito, que frequentou
posteriormente, em São Paulo.
Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias do
Rio. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e
políticos da época conduziram-o a um cargo público: o de inspetor escolar.
Sua
estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto
de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo,
precedendo dois outros sonetos seus, no Diário
de Notícias. No ano de 1897, Bilac acabou
perdendo o controle do seu Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada
da Tijuca, no Rio de Janeiro -RJ,
sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil.
Aos poucos profissionaliza-se:
produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e
poesias satíricas. Visa contar através de seus manuscritos a realidade presente
na sua época. Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto,
intelectuais perdem seu protetor, dr. Portela, ligado com o primeiro presidente
republicano Deodoro da Fonseca. Fundado O Combate, órgão
antiflorianista e a instalação do estado de sítio, Bilac é preso e passa quatro
meses detido na Fortaleza da
Laje, noRio de Janeiro.
O
grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar
noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva,
desconfiado de que o poeta era um homem sem futuro. Seu segundo noivado fora
ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa.
Viveu só sem constituir família até o fim de seus dias.